Se alguém já te falou sobre estatinas, provavelmente foi por causa do colesterol alto. Mas o que realmente são esses remédios? Em poucas palavras, as estatinas diminuem a produção de colesterol no fígado, ajudando a prevenir doenças cardíacas e derrames.
A indicação não é só para quem tem colesterol acima do normal. Médicos costumam prescrever quando há risco maior de problemas cardiovasculares: histórico familiar de ataque, pressão alta, diabetes ou hábitos que aumentam o risco (fumar, sedentarismo).
Se você tem mais de 40 anos e fatores como esses, vale conversar com seu médico. Ele vai avaliar exames, estilo de vida e possíveis benefícios antes de decidir.
Existem várias estatinas no mercado – atorvastatina, sinvastatina, rosuvastatina, pravastatina, entre outras. Cada uma tem potência diferente. A dose inicial costuma ser baixa (10‑20 mg), aumentando conforme o colesterol responde ao tratamento.
É importante tomar o remédio à noite, pois a produção de colesterol no fígado é maior durante o sono. Mas se seu médico orientou outro horário, siga a prescrição.
A maioria das pessoas sente poucos efeitos colaterais. Os mais relatados são dor muscular leve, cãibras ou desconforto gástrico. Se a dor for forte ou aparecer fraqueza, procure o médico imediatamente – pode ser um sinal de algo mais sério.
Estatinas podem reagir com outros medicamentos e até com alguns alimentos. Por exemplo, evitar suco de toranja (grapefruit) enquanto usa atorvastatina ou simvastatina, porque pode aumentar a concentração do remédio no sangue e causar efeitos indesejados.
Antibióticos como eritromicina, antifúngicos como cetoconazol e alguns anti‑inflamatórios também podem interagir. Sempre informe ao seu médico todos os remédios que já usa, inclusive suplementos como óleo de peixe ou vitamina D.
Além do comprimido, adotar hábitos saudáveis potencializa o efeito das estatinas: reduzir alimentos ricos em gordura saturada, praticar atividade física regular e controlar o peso.
Se sentir algum sintoma estranho, não interrompa o uso por conta própria. Converse com seu médico; às vezes basta mudar a dose ou trocar para outra estatina que cause menos incômodo.
Lembre‑se de fazer exames de sangue periodicamente (geralmente a cada 3‑6 meses) para acompanhar colesterol total, LDL e possíveis alterações nos níveis de enzimas hepáticas.
Com informação certa e acompanhamento médico, as estatinas podem ser uma aliada poderosa na proteção do seu coração. Fale com o seu profissional de saúde e descubra se esse tratamento é adequado para você.